O que é aromaterapia e quais seus benefícios?
O que é aromaterapia?
A Aromaterapia é considerada uma terapia alternativa ainda pouco conhecida no Brasil, mas que já tem seus benefícios comprovados à saúde. Infelizmente muitas pessoas não acreditam nesses benefícios e acreditam que não passa de modismo e enganação. Mas lembramos que segundo a Associação Brasileira de Medicina Complementar (ABMC), a aromaterapia é um tratamento auxiliar à cura através do olfato e dos óleos essenciais. Ela é uma medicina além de alternativa e curativa, é natural e preventiva.
Se você observar, historicamente as civilizações antigas como Egito, China, Índia, Roma e Grécia usavam incensos, perfumes e óleos tanto na cosmética como nas curas, nem que fossem ritualísticas. No século XX, com base nesses dados históricos, pesquisadores desenvolveram e estruturaram a medicina da aromaterapia.
Mas quando e como surgiu o nome Aromaterapia?
A aromaterapia se separou da fitoterapia quando o químico francês René Maurice Gattefossé estudo e analisou o poder de cura do óleo essencial de lavanda em uma queimadura e neste momento criou o termo aromathérapie. É importante lembrar que a aromaterapia também faz uso do poder curativo e fitoterápico das plantas e como dito anteriormente, se utiliza dos óleos essenciais, que devem ser 100% puros, feitos a partir de plantas naturais responsáveis por trazer todas as propriedades e composição química que uma parte da planta pode fornecer para o seu desenvolvimento.
Jean Valnet, médico francês, também teve seu papel importante nesta história da aromaterapia, quando através de seus estudos descobriu os poderes anticépticos, antibacterianos, antivirais, antifúngicos e cicatrizantes de suas propriedades.
A responsável por dar a aromaterapia uma visão holística foi Margaret Maury, bióloga, que criou uma técnica de massagem com óleos essenciais escolhidos de acordo com a personalidade do paciente.
Já em 1978, foi publicado um estudo clínico feito pelo Dr. Paul Balaiche sobre a eficácia do uso de óleos essenciais em doenças degenerativas e infecciosas.
Henri Viaud, francês publicou sobre a qualidade e os critérios de pureza devem seguir criteriosamente para poderem ser usados com fins médico-terapêuticos.
E o que são óleos essenciais?
São óleos extraídos das plantas que possuem substâncias químicas concentradas e muito complexas. Podem ultrapassar 300 componentes químicos em alguns óleos. São extraídos das folhas, flores frutos e raízes de diversas maneiras. Não são necessariamente gordurosos, porém como se solubilizam em fase oleosa e não água são chamados de óleos. Na sua composição existe oxigênio, hidrogênio e carbono, formando moléculas de aldeídos, óxidos, ésteres, fenóis, álcoois, cetonas, ácidos orgânicos sulfurados e nitrogenados e o principal elemento orgânico são os terpenos.
Na natureza, as plantas produzem os óleos essenciais para se protegerem de doenças e parasitas, mas também tem papel importante na polinização, fertilização e na proteção contra a radiação solar.
Quais as aplicações dos óleos essenciais da aromaterapia?
Em primeiro lugar deve-se levar em conta que a eficácia de um tratamento aromaterápico dependera muito do conhecimento de quem aplica a aromaterapia, os métodos de aplicação e principalmente a qualidade dos óleos essenciais. Eles atuam no corpo e cérebro criando efeitos fisiológicos e psicológicos.
Os efeitos fisiológicos estão relacionados com as propriedades antivirais, bactericidas, antifúngicas e etc. dos óleos essenciais, que tem a capacidade de penetrar 100 vezes mais facilmente que a água na nossa membrana celular. Muitos remédios conhecidos nossos utilizam os olhos essenciais na sua composição, como por exemplo a cânfora e o mentol.
Alguns exemplos de uso são:
- Alecrim – aumenta o poder de vigilância, reduz a ansiedade e aumenta a rapidez de resposta.
- Erva-cidreira (Melissa officinalis) – auxilia no tratamento contra a agitação de pessoas com doenças graves.
- Lavanda – melhora o humor, relaxa e aumenta a sonolência.
- Malaleuca – traz diversos benefícios à saúde além de ser um antimicrobiano natural.
Já os efeitos psicológicos dos óleos essências pode ser explicado pela psicoaromaterapia que estuda os efeitos na mente humana que os aromas causam. Nossas células nervosas olfativas são estimuladas cada vez que inalamos as substâncias odoríferas contidas nos óleos essenciais. Estes estímulos podem desencadear a ativação e reações do nosso sistema límbico, local onde nosso cérebro processa as informações enviadas pelos terminais nervosos ligados ao bulbo olfativo. Nossas emoções e nossos comportamentos sociais são determinados justamente pelo nosso sistema límbico que integra informações sensitivo-sensoriais com nosso estado psíquico interno. A memória, a motivação os comportamentos sexuais e emocionais estão totalmente relacionados aos estímulos sensórios, já que nosso corpo sempre atribui uma informação afetiva aos estímulos, relacionando-os com memórias que temos e que acabam nos levando à uma resposta emocional.
Comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória e motivação estão intrinsecamente ligados aos estímulos sensórios. Nosso corpo atribui informação afetiva aos estímulos, relacionando-os com memórias pré-existentes, o que leva a uma resposta emocional.
Sendo assim, com a aplicação da aromaterapia, os óleos essenciais podem influenciar no nosso humor de uma forma balanceada e positiva, auxiliando no combate à insônia, ansiedade, estresse, dor, depressão e outras doenças e desconfortos.
Agora não é por serem naturais que os óleos essenciais não estão isentos de toxidade. Uma planta atóxica pode gerar um óleo essencial tóxico por exemplo. A tuyona e miristicina, encontradas em alguns óleos essenciais podem caudas convulsões em altas dosagens justamente por serem consideradas neurotóxicos. A Artemísia e a arruda jamais devem ser utilizadas em/por gestastes.
Aplicações da aromaterapia
Muitas são as aplicações da aromaterapia, como por exemplo a difusão, a inalação, os banhos aromáticos, a pulverização e as massagens com os óleos essenciais.
Existe uma metodologia e aplicação específica para cada uma das técnicas da aromaterapia. Logo, sempre consulte um especialista para saber qual o melhor para você já que levará em conta não só seu histórico médico e possíveis efeitos não desejados, como a finalidade e a substância a ser utilizada.
Na maioria das vezes, os óleos essenciais necessitam ser diluídos em um veículo, normalmente em óleos vegetais, como o óleo de amêndoas doces e óleo de semente de uva e o óleo de coco.
Raras serão as técnicas em que há necessidade do uso do óleo essencial em sua forma original. Os óleos são muito concentrados e, por isso, se aplicados diretamente na pele, podem causar vermelhidão, coceira ou fotossensibilidade. Contudo, alguns terapeutas indicam a aplicação direta em casos pontuais, outros sugerem o tratamento com bochechos e até mesmo a ingestão. A ingestão causa muitas divergências entre os profissionais da área. Mas vale lembrar que é importante fazer um teste de alergia. Diluir os óleos para uso da pele é mais seguro, mais econômico e abrange uma área mais ampla. Eles podem ser utilizados em cremes, loções e aromatizadores de ambiente. Além disso, podem ser adicionados em inaladores em caso de congestionamento. Mas independentemente do método particular de aromaterapia, o importante é consultar um profissional treinado no uso seguro de óleos essenciais.
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Fonte: Centro Universitário São Camilo
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